GRAN TORINO (2008)

Seguindo a linha de filmes que costuma dirigir, Clint Eastwood mostrou toda a sua competência como diretor, o drama é de conteúdo simples porém de ótima qualidade. Orçado em 35 milhões de dolares o longa não revela grandes estrelas além do próprio Eastwood que interpreta o veterano da guerra da Coréia Walt Kowalski. Após a morte de sua esposa Walt descobre que possui tuberculose perdendo a vontade de viver levando uma rotina sem ambição, fato este que apresenta algumas mudanças com a chegada dos seus novos vizinhos chineses. Extremamente racista e completamente desapegado religiosamente, o veterano tem de enfrentar o padre que insiste em faze-lo se confessar devido uma promessa feita a recém-falecida esposa, e cada acontecimento negativo o faz acreditar ainda mais que os orientais estão destruindo o sonho americano. Para piorar a situação, seu vinho HMong Thao (Bee Vang), é forçado a roubar o Grand Torino de sua garagem com o intuito de passar numa prova para ingressar na gangue pertencente ao seu primo mais velho.

Defendendo sua casa e seu bairro de gangues como a do primo de Thao, Kowaslki inicia muito dificilmente a árdua tarefa de americanizar um oriental retratando melodramaticamente o crescimento do respeito pelo povo e pela cultura do sol nascente.